Ter hábitos alimentares equilibrados é essencial para quem busca o bem-estar e a qualidade de vida, porém, na fase da gravidez a responsabilidade alimentar aumenta e pede atenção em um detalhe específico, relacionado aos costumes culturais da gestante e dos familiares que convivem com a mesma.
Essa questão cultural se faz muito presente no cotidiano das gestantes, devido à influência que principalmente os antepassados exercem em relação às experiências já vividas na gestação.
Muito se fala sobre mitos e verdades quando a gestante se depara com um universo de novidades, porém, o que cabe ressaltar é que na maioria das vezes, os mitos predominam.
Questionamentos populares acontecem e o recomendado é se certificar com um profissional qualificado se a informação é verdadeira ou não, pois quando se fala em gravidez, cada pessoa tem alguma orientação para a gestante e que algumas vezes não tem nenhum fundamento científico.
São exemplos de dúvidas frequentes de gestantes, seguidas de suas respostas:
1 – Tenho que comer por dois durante a gravidez?
Não, a gestante não tem que comer por dois! Essa atitude acarretaria em problemas como sobrepeso e possível caso de obesidade, gerando consequências como o risco de parto prematuro e complicações para a gestante e para o bebê.
2 – O aumento do consumo de canja e canjica faz produzir maior quantidade de leite?
Não. Antigamente, esses alimentos eram consumidos antes de realizar práticas domésticas, dando mais energia para as gestantes. Porém, hoje sabe-se que essa energia é obtida através dos carboidratos e para aumentar a produção de leite é importante tomar quantidade adequada de água.
3 – O bebe precisa beber água enquanto ainda se alimenta de leite materno?
Não. O leite materno possui tudo que o bebê precisa até o 6º mês de vida, inclusive a água. Oferecer água, chás ou qualquer outro alimento sólido ou líquido, pode fazer com que o bebê adoeça, além de ocupar o espaço destinado ao volume de leite materno que deve ser ingerido por ser mais nutritivo.
4 – Gestante não pode tomar banho de sol?
Mito. Não só pode como deve tomar sol, desde que seja em horários apropriados! A absorção da vitamina D se dá através das células quando a pele entra em contato com os raios solares, sendo essencial para a saúde tanto da mulher quanto do bebê.
5 – Tomar cerveja preta aumenta o leite?
Mito, o que faz com que a mãe produza mais leite é o aumento no consumo de água. Com uma dieta bem equilibrada a mãe terá energia para produzir este leite, porém, o volume se aumenta com água. Qualquer bebida alcoólica pode diminuir a produção de leite.
Lembrando que com o acesso à informação, seja ela através da leitura, informativos, conhecimento adquirido por profissionais da saúde ou por pessoas informadas, fica mais fácil saber que as dúvidas acima são mitos.
De modo geral, as explicações normalmente estão relacionadas a alterações hormonais ou novas necessidades energéticas da fase em que a mulher se encontra, mas é importante relembrar que cada gestante tem suas particularidades e deve ser atendida de forma única.
Ressaltando também que além dos mitos, surgem os desejos diferenciados relacionados à alimentação da gestante, como o maior consumo de produtos lácteos e doces; assim como possíveis aversões, como de álcool, café (outras bebidas com cafeína) e carne.
Casos de picamalácia também podem ocorrer na gestação (mesmo sendo pouco compreendidos), vindo a ser a vontade de ingerir substâncias não comestíveis como terra, barro, papel, giz, entre outros.
A superação dos mitos está acontecendo aos poucos, aliada com a busca pelo conhecimento e pela conscientização que precisa partir não somente da gestante, mas como de todos que estão à sua volta. O aconselhamento nutricional se faz útil para conduzir a gestante, pois traz benefícios de imediato e de longo prazo para ela e para a criança.
Uma dieta adequada, boa ingestão de líquidos e cheia de boas informações induz a gestante ao resultado ideal da gravidez!
Saiba mais sobre a importância da alimentação durante a gestação neste texto.
Esse conteúdo tem a pretensão de ser atemporal, portanto, caso você que está lendo encontre falhas com referência, por gentileza entre contato pelos comentários.
E se você tiver mais alguma dúvida ou mito sobre o assunto, escreva nos comentários e se for pertinente, adicionaremos ao texto para que mais pessoas possam tirar suas dúvidas 😉
Referências bibliográficas:
MAHAN, L. Kathleen; ESCOTT-STUMP, Sylvia; RAYMOND, Janice L. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
VÍTOLO, Márcia Regina. Dez passos para uma alimentação saudável, Guia alimentar para crianças de dois anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.